martes, junio 27, 2006
da série
miércoles, junio 21, 2006
três pontos
Emmy (na dinâmica de um paliativo)
martes, junio 13, 2006
da série
Iranice, uma brasileira
parte II - Yes, nós temos Ronaldinho
jueves, junio 08, 2006
três pontos
Palavras
Ouça os recordatórios gravados nas paredes da casa, o latejar da nossa carne ferida pelos ecos intermitentes incontidos nos vãos entre as suas-minhas palavras...
Palavras que se dizem com raiva ou com ternura
Palavras que se perdem no vácuo da distância e do tempo
Palavras que se dispersam na ausência ou que ressoam nos sentimentos
Palavras que se vão e se vêm
Palavras que ficam.
Palavras que latejam na memória das dores já mortas e das feridas não esquecidas
Palavras cheias de culpa
Palavras de desculpas
Palavras vazias...
Palavras que dizem a verdade
Palavras que mentem
Palavras que dizem o que querem dizer
Palavras que não devem se dizer
Palavras que se preferem não ditas
Palavras em jogos, palavras de ódio, palavras de amor
(seja lá o que elas queiram dizer)
Palavras de ironia, palavras sarcásticas, palavras de dor
(eternas enquanto duras)
Palavras em código, palavras incógnitas em claves de sol
(decifra-me ou te devoro)
Palavras quentes e palavras frias
Olhares que dizem tudo (silêncios...)
Palavras que não se ouvem, palavras que não se dizem
Palavras entre quatro paredes
Palavras lânguidas, palavras lambidas, palavras pélvicas
clitorislinguístico pubianolíquido
Palavras que têm cor
Palavras em branco e preto
Palavras acima de qualquer suspeita
Palavras abaixo do equador.
Palavras que só ferem porque dizem a verdade, mas principalmente, porque são proferidas por quem se sabe gostar de si.
Porque se assim não o fosse, seriam nada mais que palavras tropeçando ao vento, cavalgando a esmo no silêncio das verdades não ditas...