miércoles, mayo 25, 2005
angel of silence: um ano
lunes, mayo 23, 2005
três pontos
mudanças
Quase que completamente desapegado à vida que já me pertenceu, que ainda espera o meu retorno, mas duvida muito disso, tento esconder minha ansiedade pela oportunidade de voltar atrás. Rumo ao passado.
Quase cansado das séries de repetições e reavaliações a que tenho sempre me submetido, tento me concentrar sempre no que ainda há para ser apreendido, e me desespero com a idéia de já ter esgotado todas as novidades.
Quase decidido a tomar um novo caminho, tecer uma nova teia e buscar novos horizontes. Busco saciar a minha sede, a minha fome, o meu desejo por mais. Seguir novos rumos.
Quase livre do gosto amargo das feridas já fechadas, das mensagens enviadas, das verdades digeridas, re-avalio a possibilidade de voltar a ser quem eu era, mas sem perder de vista quem eu sou. Recuperar a velha ótica sem perder a nova visão.
Quase curado do receio, do medo, dos dogmas, livre das fronteiras e cercas de meu velho mundo, sigo em minha jornada. Crio meu novo universo a partir de CDs antigos e filmes clássicos. Projeto um novo planeta em guardanapos descartáveis e me transporto...
Sigo viagem.
Navego esse mar de vinho tinto.
Rumo ao desconhecido.
sábado, mayo 14, 2005
luto
Last Tears
jueves, mayo 12, 2005
três pontos
Ritual de Passagem
martes, mayo 10, 2005
três pontos
Esquiz(it)ofrenia
Ouço vozes que vêm da parede que me alertam para desconfiar de tudo e de todos, fechando espaços vagos em posições estratégicas que propiciam ataques traiçoeiros e oportunistas
Ouço vozes embaixo da cama que se propagam pelos cantos do quarto me impelindo a levantar e correr mundo a fora em busca de um lugar seguro ou simplesmente ao encontro de diversão, doses e overdoses de formas estranhas de diversão
As vozes ecoam pelo banheiro e lambem meus ouvidos de forma causticante e libertina, me pedindo amor, me pedindo dor, me pedindo ações e reações, me propondo tudo aquilo que me disponho a não ser e fazer
Ouço vozes de dentro do armário, elas me repreendem de maneira impiedosa, me pedindo que seja mais severo com os outros e menos comigo mesmo
Ouço vozes dentro de um copo d’água que me exigem atenção, que querem ser ouvidas, atendidas e não contestadas ou ignoradas, querem de mim a mim mesmo e tudo o que sou
Ouço as vozes que me vêm do peito que me dizem quem não sou, sem nunca esclarecer aquilo que realmente sou, criatura de hábitos estranhos e estranha forma de observar o mundo à sua volta, com olhos críticos e implacáveis, lotado de idéias pré-concebidas e imutáveis acerca de tudo
Ouço todas as vozes, mas não as atendo, são como torneiras pingando a noite pedindo para seguir a gravidade. Não tomo atitudes, me contenho...
Sou esquizofrênico consciente, finjo que não me escuto e faço-me parecer normal