três pontos
Frio, doce e suave
Muda a cara da cidade, muda a forma das pessoas, muda a vida dos lugares
Asfalto molhado, cheiro de terra, frio, doce frio...
Lar, doce lar... com pizza, um filme e vinho
Assim misturado mesmo
porque eu bebo vinho tinto barato doce e suave (e não tô nem aí!)
Por trás dos meus óculos escuros
Que insisto em usar mesmo perante este éter cinza que encobre a cidade
O mundo gira assim, em slow motion, arrastado e tranqüilo, frio, embaçado
Embriagado da chuva que molha as ruas e embala as vozes e violões
Mais vozes que violões
Porque eu toco na varanda da casa de praia. No cru e no popular
Enquanto as nuvens desabam sobre minha cabeça
Dessa água bebe minha mente, solo fértil, sedento e juvenil
Guardo minhas palavras, às vezes tão raras, para melhor aproveitá-las
Mas quando jorram em abundancia, as deixo transbordar de minha boca inflamada
Quão instável é o conceber das idéias
Por vezes suave como um beijo
Por vezes sofrível como um parto
Penoso, choroso e sublime
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